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sábado, 26 de março de 2011

Como manter pessoas motivadas em períodos de fortes turbulências e crise econômica!!


Luiz Felipe Calazans
Sócio Diretor e Consultor da TRANSEARCH Brasil é um dos raros profissionais que construiu toda carreira na atividade de Executive Search. Com mais de 40 anos de experiência, especializou-se em seleção para cargos e funções diretivas nas áreas de Recursos Humanos, Jurídica, Finanças e Controladoria. É membro da Diretoria do Centro Comunitário e Creche Sinhazinha Meirelles, como presidente do Conselho Fiscal, uma entidade beneficente que há mais de meio século assiste e promove a cerca de 400 crianças e jovens, no Bairro do Rio Pequeno, zona Oeste de São Paulo. + textos de Luiz Felipe Calazans

Motivar é despertar o interesse, a curiosidade, de pessoas, de alguém, por outro alguém, por alguma coisa ou por um determinado assunto ou matéria. Motivação é o ato ou efeito de motivar, segundo o Aurélio, que define essa palavra como sendo um conjunto de fatores psicológicos (conscientes ou inconscientes) de ordem fisiológica, intelectual ou afetiva, os quais agem entre si, e determinam a conduta de um indivíduo.

Esse é um assunto muito sério, polêmico, pleno de teorias, que demanda muita observação, reflexão e coragem.

As pessoas, em geral, e o mercado em particular, confundem motivação com benefícios e remuneração. Esses aspectos representam uma parcela importante, mas não única, para os colaboradores, uma ferramenta a mais dentro de uma organização. Em tempos de crise, nos quais a ameaça de desemprego paira sobre todas as cabeças, seja qual for o nível hierárquico, motivar demanda muito mais do que aumentar ou diminuir benefícios.

Existem diversas teorias a respeito de motivação. No fim do século XIX, os teóricos separaram a Teoria da Motivação do campo filosófico, para inseri-la na Psicologia, ciência que estuda os fenômenos psíquicos e do comportamento.

Sabemos, contudo, que a motivação está ligada ao conjunto de atitudes e reações do indivíduo face ao meio em que ele vive e trabalha. É de se supor que diante de uma crise profunda, uma catástrofe sem precedentes na economia mundial, onde todos nós estamos envolvidos, uns mais outros menos, que os métodos, as maneiras convencionais de motivação não sejam suficientes. Mais do que nunca, o recurso mais importante de qualquer organização, seja qual for sua natureza, que deve ser cuidado e preservado, é o ser humano.

E se motivar em "céu de brigadeiro" já é complicado, o que dizer numa situação de tormenta, de crise aguda e demorada, em que a resistência das pessoas é colocada permanentemente à prova?

É nesse momento que se destacam aqueles que conseguem ver mais coisas além do caos e da desesperança. Não importa se fazem parte do chão de fábrica ou do corpo diretivo, se são líderes por uma questão de hierarquia funcional ou por ascendência entre seus pares. O fundamental é que essa visão otimista, mas também realista, se dissemine na organização de modo a produzir um clima de retomada de confiança que leve os colaboradores a pensar de que forma podem atuar para superar esse momento de crise e, mais do que isso, sentirem-se parte fundamental nesse processo.

Na construção desse panorama, cabe ao quadro diretivo dar condições para que essas lideranças aflorem e participem, abrindo canais de comunicação entre todos os níveis da organização, que demonstre a importância de cada um, no esforço de recuperação de mercado, como forma de restabelecer a autoconfiança e a motivação dos colaboradores.

É claro que a situação de crise mundial pode gerar situações indesejáveis, em que, apesar de todos os esforços, não seja possível deixar de tomar atitudes drásticas. Caso inevitável, cabe às lideranças manter, de forma clara e honesta, os tais canais de comunicação abertos, fornecendo informações corretas, claras e objetivas sobre a empresa, o mercado e as possíveis alternativas para enfrentar a crise. Quando a situação tornar-se insuportável, tentar, como medida inicial, negociar a redução de salários e benéficos, em todos os níveis da organização, desde o primeiro executivo, como exemplo a ser seguido, até o mais humilde dos colaboradores.

Ações e demonstrações de austeridade podem configurar e embasar decisões corretas. Só não devem ser acionadas de forma estabanada, no calor emocional da crise, sem um critério de bom senso, honestidade, equilíbrio e absoluta clareza de informações, mesmo que confidenciais. Procurar envolver os colaboradores na decisão é uma boa política.

Numa situação-limite, uma organização - seja ela grande ou pequena, pública ou privada, nacional ou multinacional, de capital aberto ou fechado - tem o dever e a obrigação de tratar o seu recurso mais importante e precioso - o capital humano - de maneira adequada, colaborativa, justa e honesta.


bibliografia: http://www.rh.com.br/Portal/Motivacao/Artigo/6640/como-manter-pessoas-motivadas-em-periodos-de-fortes-turbulencias-e-crise-economica.html


sábado, 19 de março de 2011

Em busca do reconhecimento.....

Fonte : Jerônimo Mendes
De acordo com Thomas Dewey, político e promotor norte-americano, sentir-se importante, ser reconhecido e ser valorizado são os três princípios básicos da natureza humana. Com base nesse pressuposto, uma das reivindicações mais esperadas pelos profissionais de uma organização é o famigerado reconhecimento e na maioria delas, isso acontece para poucos privilegiados ao longo de uma carreira profissional de 20 ou 30 anos de bons serviços prestados.

Durante as minhas andanças pelas empresas, é comum ouvir as pessoas reclamarem que estão no mesmo cargo ou setor há anos e não são reconhecidas. E depois de cinco anos, talvez eu volte lá e encontre as mesmas pessoas reclamando que ainda não foram reconhecidas. E lá se vão dez anos e as mesmas pessoas ainda continuam esperando o dito reconhecimento. E da próxima vez que eu encontrá-las com a mesma reclamação na ponta da língua, a pergunta será muito simples: o que é você ainda está fazendo aqui?

O ser humano é carente em todos os sentidos. A pressão diária pela sobrevivência não é prerrogativa dos mais fracos, portanto, a eterna busca do sucesso, da felicidade e do reconhecimento remete negros e brancos, orientais e ocidentais, ricos e pobres, homens e mulheres, a determinadas situações difíceis de ser solucionadas com abundância de bens materiais e dinheiro.

A necessidade de sonhar com um mundo diferente faz parte da estrutura psicológica do ser humano. Ele vive uma eterna ansiedade quando está triste ou ainda quando está feliz e deixa de viver aquilo que a vida lhe reserva com extrema sabedoria a partir do momento em que se torna obsessivo na perseguição de um objetivo distante da sua realidade.

Embora seja importante para o desenvolvimento da sua personalidade ou mesmo da sua carreira, o fato é que não se pode viver a vida toda esperando pelo famigerado reconhecimento. Se isto for a sua única esperança de vida, você está perdido e a frustração será inevitável. E quanto mais você se ligar ao fato de que o reconhecimento é tudo o que você precisa, maior a decepção.

Até há pouco tempo eu vivia obcecado com a falta de reconhecimento considerando o esforço de 40 anos dedicado ao aperfeiçoamento e à melhoria constante como ser humano, digno de receber todas as glórias terrenas. Contudo, nada funciona exatamente como desejamos. Na medida em que você começa a desejar menos e a trabalhar mais, de maneira estratégica, a ansiedade diminui e os resultados aparecem.

Ser reconhecido é uma dádiva que depende de direcionamento, tempo e muita persistência. Enquanto você espera o tempo que for necessário para que o reconhecimento apareça, vale a pena refletir sobre algumas posturas que fazem muita diferença nesse processo, desde que você esteja disposto a não se entregar facilmente diante do primeiro obstáculo. Você se sente importante, reconhecido e valorizado quando:

- Escuta a sua própria voz: não depender tanto da aprovação alheia é melhor antídoto contra a baixa auto-estima e falta de amor próprio.

- Põe seu coração em tudo que faz: ainda que o trabalho tenha pouco a ver com a sua vocação e o ganho seja inferior ao que você merece, mantenha a esperança e a fé em si mesmo.

- Realiza o trabalho com boa vontade e bom humor: talvez isso não seja suficiente para qualquer reconhecimento no início, mas mantém o espírito alerta para mudanças e novas oportunidades.

- Mantém o foco nas coisas que agregam valor: pare de perder tempo com as picuinhas que aparecem a todo instante para testar a sua serenidade; concentre-se no que é importante.

- Evita comparações inúteis: você nunca será a Gisele Bündchen ou o Kaká, entretanto, poderá ser melhor e ainda mais feliz do que eles, cada um à sua maneira.

- Deixa de esperar que as coisas aconteçam exatamente como você imagina ou deseja: pare de sofrer sem necessidade, afinal, nada é certo nesse mundo, a não ser o fato de que chegamos sem pedir e vamos embora sem querer.

- Trabalha sistematicamente para atingir seus objetivos: aqueles que são chamados de loucos, obsessivos, egoístas e outros predicados pouco interessantes são exatamente aqueles que deixam seu nome registrado na história.

- Confia em si mesmo e não nas coisas que você realiza: sinta paixão pelo trabalho, mas seja imparcial com relação aos resultados. Caso contrário, você concentrará mais energia mais do que o necessário no resultado e faltará energia para a realização.

O reconhecimento é a maior das conquistas humanas, entretanto, o fato de você ainda não ter sido reconhecido não significa que o trabalho não foi feito a contento. O mundo é muito contraditório e o mesmo herói de hoje poderá ser sacrificado amanhã, o mesmo injustiçado de hoje poderá glorificado amanhã, portanto, enquanto o reconhecimento não vem, continue trabalhando da melhor maneira possível com todas as suas forças. A vitória conta, mas a batalha também. Como diria Emerson, poeta e pensador norte-americano, a vida é uma experiência e quanto mais experiências você tiver, melhor. Experimente isso e seja feliz! 

quarta-feira, 9 de março de 2011

"Por favor, não roubem seus colaboradores"

Gostaria de Compartilhar um texto com os amigos lideres de equipe.
Este texto ajuda a entender o por que muitas vezes as pessoas são incompreendidas, não tem chances de crescimento, são abafadas por outras pessoas em todos os aspectos da vida profissional e pessoal;
Leiam com atenção, reflitam e olhem em volta e precebam cada situação que se encaixa neste texto;

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Por favor, não roubem seus colaboradores
João Alfredo Biscaia
 
Muito provavelmente, os leitores deste artigo devem considerar o título extremamente agressivo, inclusive deselegante. Proponho que tenhamos muita calma e atenção sobre esse assunto, pois para mim, realmente, existem muitos “ladrões” nas organizações, não do dinheiro das empresas, mas sim das pessoas que com eles trabalham.
 
A argumentação que tenho sobre essa afirmativa foi baseada no livro O caçador de pipas, de Khaled Hosseini, que tive o enorme prazer de ler e reler. Permito-me dizer que o livro me foi emprestado pela minha ex-sogra, acompanhado do seguinte bilhete: “Este livro é bom demais para ficar na prateleira”.
 
Principalmente em razão do bilhete, me encorajei em não deixar “engavetado na prateleira da minha cabeça” as conexões que consegui fazer durante a leitura deste livro com a realidade das organizações e nas atitudes, posturas e comportamentos de muitas pessoas que se auto-intitulam de líderes de pessoas, apenas em função do cargo que exercem.

  
De todos os prazeres e sensações agradáveis e muitas vezes tristes, que a leitura deste livro me proporcionou, a mais marcante e significativa para mim foi a seguinte:
Em conversa com seu filho Amir, Baba afirma que existe apenas um pecado no mundo: o do roubo.
 
Ele justifica essa afirmação, dizendo:
  • Quando você deixa de dizer para alguém alguma coisa que você acredita ser “verdade”, você está "roubando” o direito dele saber o que você sente a seu respeito.
  • Quando você mata alguém, você está “roubando” o direito de outras pessoas conviverem com a pessoa que você matou.
  • Quando você “maltrata” alguém, você está “roubando” o direito dessa pessoa de ser feliz.
  • Quando você mente para alguém, você está “roubando” o direito dela conhecer a verdade.
Como decorrência dessas assertivas, imediatamente surgiram em minha mente os inúmeros “roubos” praticados nas organizações.
 
Relaciono alguns deles para que os leitores possam examinar se, em sua organização, eles são praticados.
 
  • Quando você chega atrasado em uma reunião, você está “roubando” o tempo das pessoas que chegaram na hora marcada.
  • Quando você quer, ou impõem, que seus “colaboradores” (não podemos mais falar subordinados, é um termo ofensivo, dizem alguns), fiquem trabalhando rotineiramente após as 8 horas diárias, você está “roubando” o direito ao lazer, ao estudo, além do prazer que todos nós temos em desfrutar da companhia da esposa, filhos e dos amigos do coração.
  • Quando você pede urgência na execução de determinada tarefa, e depois não dá a menor importância, você está “roubando” o seu colaborador.
  • Quando você pensa que alguns de seus subordinados não estão correspondendo às suas expectativas, e nada diz, você está “roubando” a vida profissional deles.
  • Quando você fala a respeito das pessoas e não com as pessoas, você está “roubando” a oportunidade deles saberem a opinião que você tem a respeito deles.
  • Quando você não reconhece os aspectos positivos que todas as pessoas têm, você está “roubando” a alegria e a satisfação que todos nós precisamos por nos sentir valorizados e úteis. Além de “roubar”, você está sendo o principal gerador de um ambiente de trabalho desmotivador e desinteressante.
Tenho hoje a convicção -- não a verdade – de que realmente só existe um único pecado que qualquer profissional pode cometer no exercício de cargos de liderança:

NÃO DIZER, DE FORMA EXPLICITA, CLARA E DESCRITIVA, COMO PERCEBE E SENTE OS DESEMPENHOS E OS COMPORTAMENTOS DAS PESSOAS COM QUEM TRABALHA.

Todos nós temos um discurso fácil ao afirmar que é imprescindível haver respeito e consideração com todas as pessoas com quem convivemos, quer no plano pessoal ou profissional. Pensar e falar são coisas extremamente fáceis.

O grande desafio está no agir, no fazer, no praticar aquilo que se diz ou pensa como sendo o certo, o correto nas relações entre as pessoas. Não valemos pelo que pensamos, mas sim pelo que realmente fazemos.

Tenho constatado, como base no mundo real, que a maioria das pessoas deixa de se manifestar sobre como percebe e sente o comportamento das pessoas com quem convivem. A racionalização por não dizer nada é baseada no argumento de que, “afinal, ninguém é perfeito” e vai acumulando insatisfações, com reflexos inevitáveis nas relações.


Acrescento que o pior tipo de relacionamento que podemos praticar com as pessoas com quem trabalhamos e vivemos é o do silêncio. O silêncio fala por si só. Diz muita coisa, e gera uma relação de paranóia, muita ansiedade e enorme frustração. Dizem que as pessoas admitem boas ou más notícias,detestam surpresas.

Tomo a liberdade de recorrer a um artigo escrito por Eugenio Mussak, na revista Vida Simples, do mês de julho deste ano. Ele é enfático ao afirmar que feedback é um a questão de respeito e consideração para a outra pessoa.
Chego à conclusão de que só damos feedback para as pessoas que respeitamos e gostamos.
Dar e receber feedback são questões básicas e essenciais para a existência de uma relação saudável, duradoura e, principalmente, respeitosa.

Considero oportuno lembrar, também, que todas as coisas que prestamos atenção tendem a crescer. Se olharmos, tão somente os aspectos negativos de alguém, esses tendem a crescer aos nossos olhos.

O inverso também parece ser fatal. Se dirigirmos nossas observações a respeito das questões positivas que todos nós temos, existe a grande possibilidade delas também crescerem.

Em síntese: sugiro que você faça um exame de consciência profundo nas diversas relações que você mantém. Se pergunte com bastante freqüência: Será que eu estou “roubando” de alguém algumas informações ou percepções que podem lhes ser úteis para o seu crescimento pessoal e profissional?

**Material retirado do pocket MBA Gestão de Pessoas e Negócios
Fonte: Portal HSM On-line | Instituto MVC
16/10/2007
Alfredo Biscaia, João
Consultor Senior do Instituto MVC, um dos maiores autores em temas ligados a RH.

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